quinta-feira, 16 de maio de 2013

"FITOTERÁPICOS QUE AUXILIAM NO EMAGRECIMENTO"

FASEOLAMINA

A Faseolamina é uma proteína extraída do feijão branco (Faseolus vulgaris sp). Ela é capaz de reduzir significativamente a ação da enzima alfa-amilase (enzima responsável pela digestão de carboidratos). Com a inibição da enzima alfa-amilase, os amidos não conseguem ser digeridos (portanto, não podem ser absorvidos) e são enviados diretamente ao intestino para sua eliminação através das fezes.
Esse mecanismo apresenta uma alternativa segura para as dietas de emagrecimento e para diabéticos que precisam diminuir a quantidade de açúcar circulante. Impedindo a absorção de parte dos carboidratos da dieta, esse mecanismo é uma alternativa segura para complementar as dietas de emagrecimento.
Assim, essa proteína vai fazer com que o organismo não acumule o excesso de carboidratos ingeridos, impedindo a sua transformação e armazenamento como gordura no tecido adiposo.


CASSIALAMINA

A Cassialamina, é um produto natural extraido do fruto da planta leguminosa Cassia nomame sp. A planta contém cinco compostos flavonóides com alto potencial para inibir a ação da lipase (enzima responsável pela digestão das gorduras alimentares) reduzindo a quebra e digestão de gorduras no organismo, inibindo a absorção de gordura, auxiliando por sua vez nas dietas de emagrecimento.
Seu mecanismo de ação é similar ao do Orlistat, cujo nome comercial é o Xenical. Ou seja, ela age de modo semelhante à Faseolamina, mas seu alvo é a redução da absorção da gordura alimentar. Dessa maneira, o corpo queima a gordura que se encontra acumulada no tecido adiposo, acelerando o processo de emagrecimento.
Os melhores resultados ocorrem quando são associadas a Faseolamina e a Cassialamina na mesma receita.


KOUBO

Extraído do fruto, raiz e caule do cacto Cereus sp, no Nordeste. A tiramina presente diminui a vontade de comer doces e ainda ajuda na quebra das gorduras internas.
Entre suas propriedades destacam-se: moderador natural do apetite, redutor de medidas, lipolítico, hipocolesterolêmico, diurético e antioxidante.


5-HTP

Conhecida como a pílula da felicidade, o 5 Hidroxitriptofano age como o Triptofano, substância precursora da Serotonina (hormônio responsável pelo bem-estar). Combate a compulsão por doces e age como um antidepressivo suave e natural.
“O 5-HTP favorece a liberação da Leptina, hormônio da saciedade. Essa ação é mínima, mas valiosa para quem tem muito apetite e precisa emagrecer”, diz a nutricionista Marcella Amar, da Clínica Essential, no Rio de Janeiro. Além disso, melhora a qualidade do sono e ajuda a combater os sintomas da TPM.


PHOLIAMAGRA

Ideal para queimar gordura abdominal, a erva brasileira Cordia ecalyculata Vell contém Cafeína e Alantoína (que age nos vasos linfáticos, combate a retenção de líquido e nódulos de celulite). Se tomada 30 minutos antes da refeição, causa uma sensação de redução do apetite, fazendo com que você coma menos e, consequentemente, contribuindo para maior queima de gordura, além de atuar como estimulante do sistema imunológico.
Pode ser usada para evitar o depósito de gorduras na parede das artérias coronarianas diminuindo os riscos de problemas cardíacos.


IMPORTANTEAs informações disponíveis neste blog possuem apenas caráter educativo. Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e prescrever remédios. 


quarta-feira, 20 de março de 2013

ALGUMAS DICAS PARA REDUZIR O APORTE DE “XENOESTRÓGENOS” NO ORGANISMO



1 – Evite usar copos, pratos e outros utensílios de plástico, alumínio e teflon na sua cozinha. Utilize utensílios de vidro, cerâmica e panelas de ferro.

2 – Evite guardar alimentos em depósitos de plástico e, principalmente evite aquecê-los em fornos de microondas. Utilize depósitos de vidro que possam ir ao microondas.

3 – Evite usar filmes plásticos e papel alumínio para envolver alimentos. Use papel manteiga.

4 – Evite usar detergentes de pia. Use sabão de coco em barra.

5 – Dê preferência a carnes, frutas, legumes e verduras orgânicos, onde não foram usados agrotóxicos. No caso de consumir frutas e legumes não orgânicos, lave-os muito bem e remova a casca e as sementes antes de consumi-los.

6 – Evite consumir produtos à base de soja, que é rica em Fitoestrógenos, que funcionam como Xenoestrógenos.

7 – Evite uso de anticoncepcionais, que são formulados à base de estrogênios sintéticos, que são Xenoestrógenos. Se possível, use formas alternativas de controle da natalidade.

8 – Evite consumir água armazenada em recipientes de plástico. Utilize filtros para filtrá-la antes de ser consumida.

9 – Cuidado com os produtos cosméticos. Leia a sua composição e evite aqueles que contenham benzofenona-3, homosalate, 4-metil benzilideno cânfora (4MBC), octil-metoxicinamato e octil-dimetil-PABA.

10 – Mantenha uma dieta rica em fibras e dê preferência ao vegetais crucíferos, como brócolis e couve-flor, que são ricos em Indol-3-Carbinol, um fitonutriente que ajuda a combater os efeitos dos Xenoestrógenos no organismo.

11 – Mantenha-se hidratado para melhorar a função renal e auxiliar na desintoxicação do organismo.

12 – Evite fumar.

13 – Reduza o consumo de álcool que destrói seus hormônios naturais e dificulta a remoção de Xenoestrógenos através da filtração renal.

14 – Controle o peso através de uma dieta equilibrada e atividade física regular. No tecido gorduroso existe uma enzima chamada Aromatase, que transforma Testosterona em Estrógenos.

15 – Evite usar o sachê do saquinho de chá, pois o papel do sachê contém Xenoestrógenos, liberados para o chá ao contato com a água quente. Rasgue o sachê e coloque a erva diretamente na água. Depois é só coar em peneirinha de inox.

Essas são algumas das maneiras de reduzir os efeitos maléficos dos Xenoestrógenos no nosso organismo (ver texto anterior). Infelizmente, vivemos em um mundo que necessita de plástico, isopor, alumínio e agrotóxicos, o que torna impossível eliminarmos completamente essas substâncias do nosso cotidiano. Mas, para quem seguir as dicas acima, o organismo se tornará mais saudável e a vida será mais longa e produtiva.

quinta-feira, 7 de março de 2013

DISRUPTORES ENDÓCRINOS E XENOESTRÓGENOS – PARTE 1


1 – O que são disruptores endócrinos?

São substâncias estranhas ao nosso organismo que, ao entrarem no nosso corpo, causam alterações importantes no nosso equilíbrio hormonal podendo levar ao envelhecimento acelerado, doenças degenerativas, obesidade, má formação fetal e distúrbios hormonais variados. Quando essas substâncias têm a capacidade de imitar, ainda que de modo imperfeito, a ação dos hormônios estrogênios, elas recebem o nome de Xenoestrógenos.

2 – Quais as fontes de disruptores endócrinos e Xenoestrógenos?

Agrotóxicos e fertilizantes, soja e derivados, corantes e conservantes usados em alimentos industrializados, hormônios sintéticos como Anticoncepcionais, panelas de alumínio, embalagens plásticas para acondicionar alimentos, embalagens de isopor e revestimentos de latas, revestimentos tetrapak para produtos de longa vida (ex: líquidos em caixa), filmes plásticos e papel alumínio para revestir alimentos. Utensílios de plástico e acrílico (copos, pratos, jarras, talheres) e saches para chá são também algumas das principais fontes.

Outras fontes também importantes são produtos químicos para limpeza doméstica como detergente, desinfetantes e desodorizadores em ambientes em sprays, e produtos para higiene pessoal como shampoos, condicionadores e sabonetes, perfumes e desodorantes antitranspirantes e produtos cosméticos em geral como esmaltes, maquiagem, batons, hidratantes e protetores solares também podem conter essas substâncias. A verdade é que podemos reduzir a nossa exposição aos Xenoestrogênios ambientais mas não conseguimos evitá-los completamente.

3 – Como esses disruptores endócrinos causam doenças no nosso organismo?

O nosso DNA (código genético) não conseguiu se adaptar às mudanças ocorridas no nosso estilo de vida nos últimos oitenta anos, com um consumo cada vez mais elevado de alimentos e outros produtos industrializados e sintéticos, além da crescente poluição ambiental. O nosso organismo não consegue expelir a contento as substâncias químicas que entram nele, derivadas dessas fontes, o que leva a um acúmulo progressivo e perigoso dessas substâncias dentro de nós, preferencialmente nas glândulas e tecido gorduroso.

4 – Como agem os Xenoestrógenos?

Os Xenoestrógenos, ao acumularem-se progressivamente no organismo, levam ao seguinte cenário: o organismo, masculino ou feminino, fica submetido de forma contínua a um elevado nível de substâncias com ação hormonal estrogênica. Como não são hormônios verdadeiros, não são detectados por dosagens hormonais rotineiras. É como se estivéssemos com níveis de hormônios estrógenos continuamente elevados, acima do normal, mas que não aparecem nos exames laboratoriais.

 Essas substâncias, dentro do organismo, imitam o estrogênio, enganando os receptores (portas por onde o hormônio entra nas células), porém ao entrar nas células, esses falsos hormônios, que agem como mensageiros bioquímicos, enviam mensagens erradas ao metabolismo celular e seus efeitos são nocivos para a saúde a médio e a longo prazos. 

No sexo masculino as alterações atribuídas aos Xenoestrógenos são: Hipotireoidismo e Nódulos, Cistos ou Câncer de Tireóide; queda na produção do hormônio Testosterona; redução da fertilidade (redução da quantidade e da qualidade dos espermatozóides) e da libido; Câncer de testículo e próstata e má-formação congênita do aparelho reprodutor em fetos do sexo masculino. Outras alterações aparentes podem ser decorrentes das mudanças progressivas dos caracteres sexuais secundários masculinos quando os meninos são submetidos a altas cargas de Xenoestrógenos ainda na sua gestação ou durante a infância: redução de pelos em mento e no tórax, rosto mais ovalado, voz mais suave e redução do tamanho peniano e testicular, entre outras.

 No sexo feminino vêm ocorrendo: puberdade precoce, declínio da fertilidade e aumento da ocorrência de Endometriose; Mioma uterino; TPM; Câncer de Mama; Ovários Policísticos e Câncer de Ovários; Hipotireoidismo e Nódulos, Cistos ou Câncer de Tireóide. 

Além dos problemas citados acima, os Xenoestrogênios ajudam a acumular gordura visceral (abdominal) relacionada a Obesidade, Diabetes, Hipertensão, Hipercolesterolemia e Risco Cardiovascular, além de acumular gordura em flancos e culotes.

Assim, os Xenoestrogênios são fantasmas assustadores e invisíveis e muitas vezes não nos damos conta de quão prejudiciais eles são, pois agem lentamente no organismo e nos envenenam aos poucos.

5 – É possível reduzir os males causados pelos Xenoestrógenos?

Sim, é possível. Após solicitar os exames necessários ao seu paciente, o profissional médico vai elaborar o esquema de tratamento. Pode-se reduzir os efeitos maléficos dos Xenoestrógenos de três maneiras.

- A primeira é identificar as fontes de contaminação e reduzir a exposição a essas substâncias, oferecendo alternativas viáveis ao paciente.

- A segunda é usar antioxidantes e suplementos para melhorar a função de detoxificação hepática e renal, ou seja, a capacidade do fígado e rins de eliminar a maior parte dessas substâncias do nosso organismo e assim minimizar os problemas a elas relacionados.

- A última é usar medicamentos específicos para melhorar a metabolização e eliminação dos Xenoestrógenos do nosso organismo, reduzindo assim o tempo de exposição do nosso corpo a eles.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"INSÔNIA" - UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Dormir bem é indispensável à saúde. Um sono reparador ou de boa qualidade é essencial para reaver a energia despendida durante as atividades diárias e para recuperar a saúde das células, comprometida, muitas vezes, por nossas ações diuturnas. Isso nos permite manter o bem-estar físico e psicológico ao longo da vida.

A insônia é uma condição caracterizada pela dificuldade em iniciar (indução) e/ou manter (manutenção) o sono, ou pela sensação de não ter um sono reparador, acordando cansado, dolorido ou com fadiga. É mais comum em adultos e mulheres; geralmente aparece no adulto jovem e se intensifica gradualmente, sendo mais frequente em idosos. 

Todos nós sabemos que a insônia, ou sono não reparador, tem consequências danosas no nosso organismo. Quando a insônia é de pouca duração (dias ou poucas semanas) as consequências são mais limitadas, mas atualmente é cada vez mais frequente a insônia crônica, que causa distúrbios físicos e mentais mais profundos e duradouros e pode ter vários efeitos adversos na vida pessoal e em sociedade.

Vários estudos têm sido realizados sobre a importância do sono e os seus distúrbios e os pesquisadores comprovaram que as pessoas hoje dormem cada vez menos e de modo mais irregular, o que eleva o risco dos distúrbios causados pela deficiência crônica de sono. Várias autoridades nessa área declararam que a insônia se tornou um problema de saúde pública, afetando a população em escala mundial.

Durante as últimas décadas os hábitos da sociedade moderna tem sofrido várias modificações como: jornadas de trabalho mais extensas, trabalhos em horários noturnos, um maior leque de opções de locais de lazer e diversão que funcionam à noite e o uso global da Internet. Por outro lado o ritmo de vida mais acelerado, o número maior de compromissos, as cobranças diversas com as quais os indivíduos tem que lidar e a inabilidade para se adequar a esse moderno e oneroso estilo de vida elevam os níveis de ansiedade e estresse, que também interferem negativamente na qualidade de sono. 

As consequências da insônia crônica são variadas. Algumas condições podem ser desencadeadas pelo fato de as pessoas dormirem em quantidade e/ou qualidade insuficiente. Entre elas estão:


  • Transtorno de Ansiedade/Estresse;
  • Cefaléia e Enxaqueca;
  • Distúrbios do humor;
  • Hipertensão Arterial;
  • Diabetes melito;
  • Depressão;
  • Sonolência diurna, o que pode causar acidentes no trabalho ou no trânsito;
  • Déficit de atenção, concentração e memória;
  • Déficit de coordenação motora;
  • Obesidade;
  • Fadiga crônica;
  • Envelhecimento acelerado;
  • Déficit de imunidade e consequentes infecções recorrentes.

Segundo o Dicionário de Saúde Mental a insônia pode ser primária – quando ela é a própria doença – ou secundária – quando ela é sintoma de alguma outra doença ou efeito colateral de algum medicamento.

Algumas condições que podem levar as pessoas à insônia são:

  • Estresse e Ansiedade por causas psicológicas ou físicas variáveis;
  • Depressão e outros distúrbios psicológicos ou psiquiátricos;
  • Apnéia do sono;
  • Patologias que cursem com dor crônica (Fibromialgia, Artrose, Artrite, etc.);
  • Alterações hormonais;
  • Uso de substâncias excitantes como bebidas que contêm cafeína, tabaco, bebidas alcoólicas, medicamentos ou suplementos aceleradores do metabolismo (usados para emagrecimento e/ou para melhorar a performance durante exercícios físicos);
  • Prática de atividade física à noite;
  • Refeições volumosas ou “pesadas” à noite;
  • Ambiente pouco propício para uma boa qualidade de sono – luzes acesas, ruídos no ambiente, temperatura desconfortável, colchão ou travesseiro inadequado.

Alguns cuidados e ações podem auxiliar na obtenção de uma boa noite de sono. A seguir, algumas dicas para alcançar um sono de melhor qualidade:


  • Pratique atividade física regularmente, mas evite praticar exercícios físicos até 4 horas antes de ir para cama;
  • Pratique Yoga ou meditação regularmente;
  • Evite ingerir alimentos pesados no jantar, e não se deite logo a seguir às refeições;
  • Não consuma bebidas estimulantes como o chá preto, chá verde, café, bebidas a base de guaraná, chocolate ou refrigerantes;
  • Evite ingerir grandes volumes de líquidos no período da noite para não precisar interromper o sono para ir ao banheiro;
  • Um banho morno ajuda o corpo e a mente a relaxar. Os terapeutas naturais indicam também o antigo “escalda-pés”;
  • Evite ruídos no quarto, com a TV ligada ou janela aberta se você mora em um local barulhento, pois impede que chegue à fase do sono profundo. Mantenha o quarto o mais silencioso possível;
  • Apague todas as luzes, feche as cortinas, cubra os leds (pontinhos luminosos) dos aparelhos eletrônicos;
  • Tente dormir todas as noites aproximadamente à mesma hora, mas não vá para a cama se não estiver com sono. Isso pode aumentar a ansiedade para “conseguir” dormir;
  • Se acordar no meio da noite, não fique “rolando” na cama. Levante e realize alguma atividade agradável e relaxante enquanto espera o sono retornar;
  • Tente levantar todos os dias à mesma hora, mesmo nos finais de semana;
  • Evite fumar cerca de 2 horas antes de se deitar já que o tabaco é um estimulante cerebral;
  • Se você gosta de chás: camomila, cidreira e alfazema são boas opções de ansiolíticos naturais;
  • Procure criar um ambiente relaxante, ouça uma música suave, leia um livro agradável e relaxante e (para quem gosta) acenda um incenso de alfazema ou similar;
  • Confira a qualidade e o conforto do seu colchão. Troque-o se necessário. Faça o mesmo com os travesseiros;
  • Use roupas e cobertas confortáveis;
  • Não leve trabalho para a cama. Treine a sua mente para que ela associe a cama ao ato de dormir.

Em algumas pessoas essas ações para “higienizar” o sono não são suficientes para corrigir as distorções do sono. Nesse caso, é necessário procurar ajuda médica para a realização de exames específicos e, se indicado, utilizar o medicamento apropriado a cada caso.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Catequina galato e Cafeína: seu uso no controle de peso


A obesidade pode ser definida como o aumento excessivo da quantidade de gordura corporal, por isso questões relativas a sua  prevenção e tratamento, assumem cada vez  mais uma maior importância. A prevalência do sobrepeso e obesidade alcançou proporções epidêmicas nos últimos anos (Lin e colaboradores, 2005) e tem como causa o desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico. Sendo assim, para produzir uma perda ponderal é necessário um balanço energético negativo que pode ser alcançado através da diminuição da ingestão ou pelo aumento do gasto calórico (Diepvens e colaboradores, 2005). Programas de redução de peso tais como: dietas de baixas calorias, modificações comportamentais e a prática de atividade física normalmente falham em alcançar a manutenção do peso perdido a longo prazo (Diepvens e colaboradores, 2005; Chantre e Lairon, 2002).  Devido a esse baixo índice de sucesso há um aumento do interesse sobre os efeitos dos potenciais termogênicos de muitos compostos extraídos de plantas, como a cafeína do café e chá verde, a efedrina da efedra, a capsacina da pimenta, e a epigalocatequina galato, do extrato de chá verde (Dulloo e colaboradores, 1999). 

A termogênese e a oxidação lipídica estão sob o controle do sistema nervoso simpático (Dulloo e colaboradores, 1999), e podem ser estimuladas pelo chá verde, por meio de seus dois ingredientes mais ativos: o polifenol de catequina e a cafeína. Vários estudos mostram que o uso combinado de epigalocatequina galato e cafeína aumentou o gasto energético de 24 horas.

Estudos também revelam que a ingestão habitual de cafeína pode anular o efeito do chá verde; baixos consumidores de cafeína apresentaram uma melhor manutenção de peso quando comparado com os altos consumidores, sugerindo que a suplementação com o extrato de chá verde é mais efetiva em indivíduos com baixo consumo de cafeína.

Outros estudos revelam que o uso de extrato de chá verde induz claramente a má absorção de carboidratos através da inibição das enzimas  α-amilase,  α-glucosidase, e dos transportadores sódio-glicose (Zhong e colaboradores, 2006), efeito benéfico a indivíduos obesos e diabéticos.

Os resultados de estudos in vitro com epigalocatequina galato evidenciaram que houve uma redução do tecido adiposo através da inibição da maturação de pré-adipócitos e do aumento da apoptose de células 3T3-L1 (Lin e colaboradores, 2005; Hung e colaboradores, 2005).

Concluindo, há evidências importantes de que o uso combinado de catequina galato e cafeína a longo prazo seja uma ferramenta útil dentro das inúmeras estratégias existentes para a redução de peso corporal e o controle da obesidade.

Fonte de consulta: EFEITO DA EPIGALOCATEQUINA GALATO DO CHÁ VERDE SOBRE A REDUÇÃO PONDERAL, A TERMOGÊNESE E A OXIDAÇÃO LIPÍDICA. Cintia Albuquerque Amorim, Michelle Agnes Pires Ferreira, Francisco Navarro. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo v. 1, n. 6, p. 32-39, Novembro/Dezembro, 2007. ISSN 1981-9927.

IMPORTANTE: As informações disponíveis neste blog possuem apenas caráter educativo. Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e prescrever remédios. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"SOBREPESO E OBESIDADE" - CAUSAS


Classificar o sobrepeso utilizando apenas o critério do Índice de Massa Corporal (IMC) induz a falhas pois o IMC nos mostra apenas a relação peso/altura e não o percentual de gordura corporal, que é o fator mais relevante para indicar sobrepeso em uma pessoa. Mulheres adultas devem manter seu percentual de gordura corporal entre 18 e 28%, enquanto homens adultos devem mantê-lo entre 10 e 20%. 

O verdadeiro sobrepeso ocorre quando há excesso no percentual de gordura corporal, ultrapassando os limites considerados saudáveis. Uma pessoa pode estar com o peso dentro do “normal” (indicado pelo IMC) mas possuir pouca massa muscular e tecido gorduroso em excesso. Nesse caso diz-se que a pessoa é uma “falsa magra”. Esse quadro é mais comum em mulheres mas, também, ocorre atualmente com relativa frequencia em homens. Por outro lado existem aquelas pessoas cujo IMC mostra sobrepeso, ou mesmo obesidade mas, na realidade, possuem uma excelente massa muscular e seu tecido gorduroso permanece dentro de percentuais adequados.

O ganho de peso geralmente é um evento multifatorial, envolvendo vários aspectos da rotina ou estado de saúde de uma pessoa. Embora a causa principal realmente seja o aumento da gordura corporal, alguém pode aumentar seu peso por estar retendo líquidos no corpo ou ganhando massa muscular ou óssea. Uma pessoa pode aumentar a gordura corporal por diferentes razões, embora a Obesidade primária (ganho de gordura corporal sem causa nosológica definida) seja a causa mais comum.  

Considera-se que a Obesidade primária ocorre por maus hábitos higienodietéticos aliados ao sedentarismo, mas é interessante frisar que esses são “gatilhos” pois, se o organismo estivesse funcionando de modo adequado, o sobrepeso não ocorreria. Após a puberdade, quando o corpo completa seu desenvolvimento e amadurecimento fisiológico, o esperado é a manutenção do peso em equilíbrio. Durante a vida adulta só existe uma fase em que o ganho de peso envolvendo aumento de gordura corporal é fisiológico e, mesmo assim, limitado: a gestação. Então, os hábitos que levam ao ganho de gordura corporal funcionam por haver uma alteração (ou mais de uma), ainda indefinida, na fisiologia orgânica. 

Várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas no sentido de se descobrir a causa real da Obesidade primária e algumas descobertas importantes têm sido feitas. Em um futuro (próximo, espero) o verdadeiro mecanismo dessa condição será deslindado e o seu tratamento ou prevenção passará a ser eficaz e definitivo. Não devemos esquecer que as próprias mudanças de hábitos, podem, ao longo do tempo e mesmo de gerações, induzir alterações na fisiologia, que favoreceriam o aparecimento cada vez mais precoce da Obesidade primária. É só observar como nossos avós tendiam a ser mais magros do que os nossos filhos, considerando faixas etárias iguais.

Mas, além da Obesidade primária, existe a Obesidade secundária, resultado a curto ou longo prazo de distúrbios variados no organismo. Entre as causas de aumento secundário da gordura corporal estão:

- Distúrbios endócrinos: Síndrome metabólica e Hiperinsulinemia, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Hipercortisolismo, Síndrome dos Ovários Polimicrocísticos, deficiência de Hormônio do Crescimento (GH), doenças hipotalâmicas.
- Efeito colateral do uso de alguns medicamentos: corticosteróides, anticoncepcionais hormonais, antidepressivos tricíclicos, insulina, anticonvulsivantes, lítio, ciproeptadina, ácido valpróico, antipsicóticos.
- Algumas síndromes genéticas: muito raras. Prader-Willi, Lawrence-Moon-Biedl.
- Cessação do tabagismo.

Conclusão: Embora a Obesidade primária seja, de longe, a causa mais freqüente de ganho de gordura corporal, sobrepeso e obesidade, devemos sempre tentar diagnosticar e tratar algum distúrbio de saúde de base que possa estar causando o ganho secundário de tecido gorduroso em qualquer pessoa que se apresente com essa queixa pois, nesses casos, o controle da gordura corporal e, consequentemente, do peso pode ser definitivo.


Fonte de consulta: Sintomas e Sinais na prática médica, Editora Artmed.

IMPORTANTE:
·         Os textos postados nesse blog têm caráter apenas informativo, não visando a indicação e/ou substituição de quaisquer tipos de terapias.  
·         Você deve, sempre, procurar seu médico para expor queixas, diagnosticar doenças, tirar dúvidas e/ou submeter-se a qualquer tipo de tratamento.