A obesidade pode ser definida como o aumento excessivo da
quantidade de gordura corporal, por isso questões relativas a sua prevenção e tratamento, assumem cada vez mais uma maior importância. A prevalência do
sobrepeso e obesidade alcançou proporções epidêmicas nos últimos anos (Lin e
colaboradores, 2005) e tem como causa o desequilíbrio entre a ingestão e o
gasto calórico. Sendo assim, para produzir uma perda ponderal é necessário um
balanço energético negativo que pode ser alcançado através da diminuição da
ingestão ou pelo aumento do gasto calórico (Diepvens e colaboradores, 2005).
Programas de redução de peso tais como: dietas de baixas calorias, modificações
comportamentais e a prática de atividade física normalmente falham em alcançar
a manutenção do peso perdido a longo prazo (Diepvens e colaboradores, 2005;
Chantre e Lairon, 2002). Devido a esse
baixo índice de sucesso há um aumento do interesse sobre os efeitos dos
potenciais termogênicos de muitos compostos extraídos de plantas, como a
cafeína do café e chá verde, a efedrina da efedra, a capsacina da pimenta, e a
epigalocatequina galato, do extrato de chá verde (Dulloo e colaboradores,
1999).
A termogênese e a
oxidação lipídica estão sob o controle do sistema nervoso simpático (Dulloo e
colaboradores, 1999), e podem ser estimuladas pelo chá verde, por meio de seus
dois ingredientes mais ativos: o polifenol de catequina e a cafeína. Vários
estudos mostram que o uso combinado de epigalocatequina galato e cafeína
aumentou o gasto energético de 24 horas.
Estudos também revelam que a ingestão habitual de cafeína
pode anular o efeito do chá verde; baixos consumidores de cafeína apresentaram
uma melhor manutenção de peso quando comparado com os altos consumidores,
sugerindo que a suplementação com o extrato de chá verde é mais efetiva em
indivíduos com baixo consumo de cafeína.
Outros estudos revelam que o uso de extrato de chá verde
induz claramente a má absorção de
carboidratos através da inibição das enzimas α-amilase,
α-glucosidase, e dos transportadores sódio-glicose (Zhong e
colaboradores, 2006), efeito benéfico a indivíduos obesos e diabéticos.
Os resultados de estudos in vitro com epigalocatequina
galato evidenciaram que houve uma redução
do tecido adiposo através da inibição da maturação de pré-adipócitos e do
aumento da apoptose de células 3T3-L1 (Lin e colaboradores, 2005; Hung e
colaboradores, 2005).
Concluindo, há evidências importantes de que o uso
combinado de catequina galato e cafeína a longo prazo seja uma ferramenta útil
dentro das inúmeras estratégias existentes para a redução de peso corporal e o
controle da obesidade.
Fonte de consulta: EFEITO
DA EPIGALOCATEQUINA GALATO DO CHÁ VERDE SOBRE A REDUÇÃO PONDERAL, A TERMOGÊNESE
E A OXIDAÇÃO LIPÍDICA. Cintia Albuquerque Amorim, Michelle Agnes Pires
Ferreira, Francisco Navarro. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São
Paulo v. 1, n. 6, p. 32-39, Novembro/Dezembro, 2007. ISSN 1981-9927.
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