segunda-feira, 29 de agosto de 2011

COMO O ESTRESSE NOS ENGORDA E O QUE PODEMOS FAZER PARA REDUZIR SEU IMPACTO NA NOSSA SAÚDE

               Vida corrida, pressão no ambiente de trabalho, contas a pagar, trânsito congestionado e marcado por motoristas "simpáticos e educados", compromissos que nunca se consegue cumprir, aquela visita ao médico adiada mais uma vez por conta do trabalho, obrigações e preocupações com familiares, doenças agudas ou crônicas, noites mal dormidas, desânimo e sonolência que requerem vários cafézinhos ao dia para o seu controle, falta de tempo (ou de energia) para praticar atividade física... Poucos desconhecem, ou não vivenciam, grande parte dos fatores acima listados, causadores do chamado Estresse Crônico. Conhecido como o "mal do século" ainda no século passado, o Estresse Crônico é reputado hoje como um dos maiores (se não o maior) fatores limitantes da qualidade de vida e da saúde das pessoas.

               Há muito, médicos e outros profissionais da Saúde cientes desse risco vêm alertando seus pacientes a tentar combater o Estresse antes que ele detone sua saúde. Além de doenças cardiovasculares e do aumento do risco de desenvolver Câncer e Alzheimer, vários estudos conduzidos em Universidades de diversos países durante os últimos anos apontam para o fato de o Estresse estar ligado a um outro grande problema de Saúde Pública mundial - a Obesidade.

               O médico norteamericano Jason Block, em estudo publicado no American Journal of Epidemiology, analizou a relação entre o Estresse e o ganho de peso e constatou que, não só as pessoas estressadas tendem a engordar mais, mas também que homens e mulheres respondem a padrões diferentes de pressão. Após nove anos de pesquisa Dr. Block concluiu que, nos homens, existe uma relação entre obesidade ou sobrepeso e estresse ligado à situação financeira, falta de liderança ou um trabalho que não seja estimulante. Já para as mulheres, além da preocupação com o lado financeiro, pesam também a falta de controle sobre a própria vida, a pressão no trabalho e os problemas nos relacionamentos familiares.

               Como isso acontece? Por quais mecanismos o Estresse nos faz aumentar de peso? Esses mecanismos foram implementados quando o homem pré-histórico ainda habitava cavernas e tinha que lutar para sobreviver em um ambiente altamente hostil, alternando momentos em que caçava para alimentar-se e à sua tribo com outros em que lutava contra outros predadores, ou procurava fugir deles, em defesa da sua vida ou de sua prole. Não admira que a expectativa de vida, à época, fosse de meros dezoito anos. Bem, dezenas de milhares de anos se passaram e nos tornamos (ou gostamos de assim pensar) pessoas civilizadas. As caçadas foram substituidas por idas a supermercados, restaurantes ou fast-foods. Às cavernas, sobrevieram casas e apartamentos, cada vez mais confortáveis, práticos e requintados. A labuta dura e diária na terra bruta e as lutas de vida e morte com animais e tribos inimigas deram lugar às diversas profissões modernas, exercidas, salvo algumas exceções, em ambientes mais tranquilos e protegidos. Infelizmente, embora o cenário atual seja mais brando que em eras passadas, o Estresse também evoluiu, transmutado em fatores aparentemente inócuos como vimos acima, verdadeiras "armadilhas" para o cérebro. Isso porque, mesmo passado todo esse tempo, o cérebro do século XXI ainda responde aos fatores estressores da sociedade moderna do mesmo modo "Naenderthal" do passado.

               E porque é assim? Porque o cérebro não é capaz de diferenciar o Estresse "físico" (perigo real e imediato) do "psicológico" (perigo imaginário). Então, sempre que temos um dia complicado (o que é cada vez mais comum), o cérebro estressado age como se estivéssemos em perigo e ordena às glândulas Supra-renais que liberem potentes hormônios, como Adrenalina, Noradrenalina e Cortisol, que preparam o organismo para a reação de "luta ou fuga". A Adrenalina indica ao organismo que libere energia para o caso de uma fuga súbita, além de provocar alterações cardiovasculares como o aumento da frequencia cardíaca e a vasoconstrição periférica. Enquanto isso o Cortisol, o famoso "hormônio do Estresse", sinaliza ao corpo que é necessário repor a energia liberada, ainda que a mesma não tenha sido completamente gasta durante o estado de "alerta", ampliando o "estoque de energia" como um modo de se proteger do que pode vir pela frente. Isso faz com que tenhamos muita, muita fome. O Cortisol continua a ser liberado durante toda a fase de Estresse, o que acaba nos transformando em pessoas permanentemente "famintas" enquanto perdurar a ação do fator estressor que desencadeou essa resposta no organismo. Para piorar o quadro, ocorrem alterações do nosso paladar, secundárias a alterações hormonais e de neurotransmissores ligados ao sistema de recompensa (estimula o organismo a procurar algo prazeroso como recompensa pelo sofrimento que está enfrentando), que nos fazem priorizar alimentos doces e comidas calóricas, repletas de gordura e Sódio. Assim, não só comemos muito, mas também comemos mal. As células do tecido adiposo são estimuladas a armazenar mais e mais gordura e, segundo o pesquisador Herbert Herzog, da Austrália, sob estímulo do Cortisol esse acúmulo pode se dar preferencialmente na região abdominal, relacionada à gordura visceral. Se essas reações ocorrerem de modo contínuo, devido aos numerosos fatores estressores que podem interferir diariamente na nossa rotina, as alterações hormonais se tornam crônicas e passam a acarretar mudanças duradouras, às vezes permanentes, no nosso organismo. São exemplos a Obesidade, a Hipertensão Arterial, o Diabetes e a Hipercolesterolemia.

               Por si, as alterações do Estresse que nos fazem armazenar mais gordura já são bastante ruins, mas seu efeito é ainda mais devastador do que imaginamos pois, quando as Supra-renais aumentam cronicamente a liberação de Cortisol, cai a produção do hormônio Testosterona, principal responsável pela manutenção da massa muscular. À queda da Testosterona, segue-se perda de massa muscular, com consequente queda do gasto calórico do organismo (pois músculos consomem energia). Em resumo, nós comemos mais e gastamos menos. Desse jeito, como não engordar?

               Agora, podemos pensar "Não tem jeito. Se o Estresse faz parte da vida cotidiana de quase todos e ele nos faz engordar, então o sobrepeso, e mesmo a obesidade, são inevitáveis na nossa sociedade moderna". Não é bem assim. Existem algumas medidas que podemos tomar para reduzir o impacto da rotina estressante em nossa saúde e, obviamente, em nosso peso:

               1 - precisamos ter a consciência de que podemos ganhar peso quando estamos estressados. Assim, ficaremos mais alertas quanto à quantidade e à qualidade do que comemos durante períodos de Estresse. Em outras palavras, devemos prestar atenção ao que comemos, em vez de engolir de modo mecânico tudo o que passa pela nossa frente.

               2 - praticar atividade física com regularidade e frequencia mínima de 3 dias na semana. Mas é importante gostar da atividade escolhida, para que a mesma nos traga prazer e vontade de praticá-la repetidas vezes, ou não ocorrerá o resultado desejado, que é a liberação de endorfinas e Serotonina, com consequente sensação de bem estar.

               3 - comer devagar e não fazer dietas restritivas nos ajudam a ter, e manter, a sensação de saciedade, que nos dá conforto e afasta o mau humor. Cuidado com as dietas da moda que podem, além de causar mal à saúde, elevar a ansiedade e piorar os sintomas de Estresse.

               4 - reduzir o consumo de cafeína, substituindo o café por chá de camomila ou cidreira. Ajuda a reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.

               5 - procurar melhorar a qualidade do sono, já que a insônia, tanto causa como efeito do Estresse crônico, leva a alterações na liberação do Cortisol.

               6 - introduzir na nossa rotina hábitos que nos dêem prazer, como ouvir música, dançar, ler um bom livro, caminhar pelo parque ou na beira do mar, sair com amigos ou familiares queridos. Todos nós podemos arranjar um "tempinho" no nosso dia a dia para fazer algo que gostamos.

               7 - não postergar compromissos assumidos, pois pode elevar a nossa auto-cobrança e os nossos níveis de desconforto e ansiedade.

               8 - cultivar a nossa religiosidade, entender que todos fazemos parte de um plano maior e manter a fé, mesmo quando tudo parece dar errado. Aos que ainda não o fizeram, recomendo ler "Pegadas na Areia". Aos que já o conhecem, por favor, releiam-no. Não há nada melhor para combater o Estresse do que saber que, lá de cima, Alguém cuida de todos nós.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ALIMENTOS QUE TURBINAM O ORGANISMO

            Alimentos que dão disposição extra ao organismo, energia para encarar o dia a dia da vida moderna.

Para melhorarmos o nível de energia ao longo do dia precisamos introduzir na nossa dieta alimentos que estimulem o metabolismo e mantenham constantes os níveis de energia. Uma das mais importantes causas de cansaço crônico é o mau funcionamento da glândula Supra-renal, decorrente de fatores cronicamente estressores como rotina corrida, má alimentação, hábitos irregulares como alteração freqüente do ritmo de sono, sedentarismo, ingestão regular de bebidas alcoólicas, etc. Carência de vitaminas do complexo B leva a uma disfunção da Supra-renal, que pode causar queda importante e abrupta dos níveis de energia.

- Como tirar o pique dos alimentos:

         É essencial que se adote uma dieta rica em nutrientes, vitaminas e sais minerais que estimulem o metabolismo. As vitaminas C e do Complexo B são super energéticas, como também os minerais Magnésio e Zinco, o aminoácido L-Carnitina e a Coenzima Q 10. Uma dieta, para ser rica, deve ser variada com ingestão de legumes, verduras e frutas, além de cereais integrais, proteínas e gorduras saudáveis de origem vegetal.


- Os alimentos que turbinam o organismo e como consumi-los:

            Os principais alimentos energéticos que encontramos no nosso dia a dia são:
  • Cereais integrais – são boas fontes de vitaminas do Complexo B e liberam açúcar lentamente na corrente sanguínea, o que mantém um fluxo estável de energia ao longo do dia. Podem ser consumidos crus misturados a frutas, ou cozidos em mingaus. Um prato de mingau de aveia pela manhã garante uma liberação perfeita de energia ao longo do dia.
  • Salsa – é riquíssima em vitamina B12 e contém mais vitamina C que as frutas cítricas. Use para temperar seu almoço.
  • Algas marinhas – usadas na culinária oriental há milhares de anos, as algas são saborosas e contêm mais sais minerais que qualquer outra fonte alimentar. Seus usos são variados, dependendo da alga mas, de modo geral, podem ser cozidas com legumes ou misturadas ao arroz e ainda guarnecer saladas ou temperar peixes.
  • Verduras – quando frescas, não processadas, contêm todas as vitaminas do complexo B e nutrientes energéticos como Magnésio e Ferro. Brócolis, aspargos e espinafre são bons exemplos de verduras energéticas. Podem ser consumidas cruas (de preferência) em saladas e sucos, ou cozidas.
  • Frutas – Ricas em sais minerais, água e fibras, são de boa digestão e fácil assimilação pelo organismo. Abuse de frutas como pêssego e uvas no seu cardápio.
  • Tubérculos – abóbora e inhame são exemplos de tubérculos energéticos e ricos em nutrientes que desintoxicam o organismo e equilibram os níveis de açúcar no sangue, proporcionando um nível estável de energia ao longo do dia. Devem ser consumidos cozidos.
  • Sementes – as sementes de linhaça são ricas em ácidos graxos Ômega 3 e Ômega 6, importantes no transporte de oxigênio para as células e na produção de energia intra-celular. Melhor consumi-las batidas com iogurte ou vitaminas de frutas. Outra boa opção são as sementes de girassol, ricas em vitaminas, minerais e proteína, para serem consumidas como petiscos.
  • Brotos – são as sementes de legumes ou de cereais germinadas. Ricas em antioxidantes, proteínas e fibras, são alimentos altamente energéticos que ajudam a revitalizar e fortalecer o organismo. Melhor se consumidos ao natural.
  • Ervas – podem ser usadas como chás ou em forma de cápsulas. O astrágalo fortalece o sistema imunológico, ajuda no controle de peso e combate a fadiga. O ginseng siberiano, usado como tônico energizante há milhares de anos, é uma erva adaptógena (ajuda o corpo a se adaptar ao estresse), restauradora e rejuvenescedora. Chá da folha jovem da urtiga, além de limpar o fígado e ajudar a controlar infecções, é um potente estimulante. As folhas podem ser consumidas cozidas em saladas, pois a cocção acaba com seu poder urticariante.


- Qual a importância da gordura, carboidratos, proteínas e sais minerais para o nosso corpo e os perigos da dieta restritiva:

            Os carboidratos são os alimentos energéticos por excelência. Os melhores carboidratos para se incluir em uma dieta saudável são os cereais integrais, verduras, legumes e frutas que, conforme vimos, permitem um afluxo constante e equilibrado de açúcar no sangue, mantendo assim um nível adequado de energia ao longo do dia.
            As proteínas são nutrientes construtores, responsáveis pela formação e manutenção da nossa massa muscular, ossos e cartilagens, bem como das fibras de colágeno e elastina, que dão sustentação à nossa pele e órgãos. Proteínas de origem vegetal como soja, quinoa, trigo-sarraceno, amaranto, nozes e sementes são bem assimiladas e aproveitadas pelo organismo.
            As gorduras são importantes fontes de ácidos graxos Ômega 3, 6 e 9, como também auxiliam na absorção das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. As melhores gorduras são as provenientes das nozes e sementes, ricas em aminoácidos, vitaminas e sais minerais, que turbinam o metabolismo e auxiliam a perder o excesso de peso. Azeite de oliva extra-virgem é outra boa opção.
Sais minerais e vitaminas são nutrientes reguladores. Têm a função de regular as reações bioquímicas que ocorrem no organismo, mantendo o metabolismo equilibrado. Para ter um metabolismo afinado e manter a saúde em dia é necessário um aporte regular de vitaminas e minerais bem variados. Daí a importância de fugir das dietas restritivas.

As dietas restritivas acabam por tornar o organismo deficiente de algumas vitaminas e minerais, o que interfere de forma negativa no metabolismo. Quando a dieta é pobre pode haver comprometimento do sistema imunológico, reduzindo as nossas defesas orgânicas, e do fígado, reduzindo a digestão e absorção dos nutrientes que nos mantêm a vida. Pessoas que seguem dietas restritivas a longo prazo se tornam fracas e envelhecem mais rapidamente do que aquelas que seguem dietas balanceadas e ricas em nutrientes diversos.


Dra. Paula Figueirêdo, médica com formação em Terapia Ortomolecular.
Contato: (85) 9627.7711 / 9711.4165.

BIOIMPEDÂNCIA

O QUE É BIOIMPEDÂNCIA?
A Bioimpedância é um método de avaliação da composição corporal. Esse exame é feito através de um aparelho que gera uma corrente elétrica muito baixa (não perceptível pela paciente). A corrente anda mais rápido pelos tecidos magros que tem mais água e eletrólitos e anda mais devagar pelos tecidos com gordura. Dessa forma é possível determinar a massa gorda e a massa magra de um corpo.
O QUE SÃO MASSA GORDA E MASSA MAGRA?
A massa magra é representada pelos músculos, ossos e órgãos vitais, e é responsável pelo consumo calórico diário. A massa gorda é representada pelo tecido gorduroso, que, também, é necessário para algumas funções orgânicas, mas que, quando em excesso, predispõe a certas doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes.



QUAL A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR A COMPOSIÇÃO CORPORAL?
A avaliação da composição corporal é fator importante em todo programa de perda e manutenção de peso, bem como na prevenção de diversas patologias, como hipertensão e diabetes.
Através desse exame podemos:
  • Monitorar o ganho ou perda de massa gordurosa;
  • Monitorar o ganho ou perda de massa magra;
  • Avaliação dos níveis de hidratação;
  • Avaliação do impacto da Atividade Física na composição corporal;
  • Avaliação da eficácia de tratamento dietético e/ou medicamentoso na perda da gordura corporal;
  • Avaliar a evolução nutricional, se submetido a tratamento cirúrgico para controle do peso corporal;
  • Avaliação do risco de desenvolvimento de doenças, como diabetes e hipertensão, devido ao excesso de gordura.
O sistema InBody utiliza o que existe de mais avançado em bioimpedância, capaz de aliar precisão, praticidade e rapidez, fornecendo dados completos sobre a sua condição atual e orientação sobre sua composição corporal ideal. Tudo através de uma exclusiva tecnologia multifrequência e tetrapolar para análise segmentada, ou seja, de cada compartimento corporal (braços, pernas e tronco), permitindo uma verificação bem mais detalhada da composição corporal.
O sistema InBody permite analisar:

  •       Massa de gordura corporal
  •       Massa de músculo esquelético
  •       Peso corporal
  •       Índice de massa corporal
  •       Percentual de gordura do corpo
  •       Controle do peso
  •       Controle de gordura
  •       Controle de músculos
  •       Taxa de metabolismo basal

COM PIQUE O DIA TODO


COMO TER ENERGIA PARA ENFRENTAR BEM O DIA.
Às vezes sinto um cansaço no meio do dia e perco o pique para dar conta dos compromissos. Como recuperar a energia?


         Existem na natureza várias plantas com poder de aumentar o nível de energia do organismo. Elas podem ser utilizadas na forma de extratos encapsulados, na forma de chás, banhos, etc. Vários alimentos também podem ser utilizados com o propósito de energizar corpo e mente. Aproveite para comer bem, saborear os alimentos e melhorar seu nível de energia.
         Mas para poder usufruir ao máximo do poder energizante dos alimentos alguns cuidados são importantes, como:

  1. Não comer exageradamente. O excesso de alimentos, principalmente se muito doces ou gordurosos, pode causar sonolência após as refeições.
  2. Tentar manter todas as refeições do dia equilibradas. Alimentar-se em intervalos regulares é importante para evitar a hipoglicemia, que pode causar queda de energia.
  3. Preferir carboidratos com baixo IG. Esses alimentos fornecem energia de uma forma mais lenta, porém contínua, mantendo seu cérebro mais alerta e seus músculos mais energizados.
  4. Manter uma boa ingestão de água. A queda do estado de hidratação do organismo pode levar a fadiga muscular e lentificação dos processos cerebrais.
         Abaixo seguem algumas dicas gerais importantes para melhorar o seu pique:
  1. Tomar regularmente um complexo de vitaminas e minerais antioxidantes adequado às suas necessidades. As características da vida moderna causam uma devastação nos nossos estoques de antioxidantes que, a longo prazo, pode levar a fadiga crônica.
  2. Quando o assunto é crise de energia a reposição de nutrientes como L-Carnitina, D-Ribose, Picolinato de Cromo e Coenzima Q 10 são essenciais.
  3. Reposição hormonal pode ser necessária se a fadiga for causada por deficiências hormonais. Quando em queda, alguns hormônios podem levar a fadiga mental ou física.
  4. Faça exercícios físicos regulares e moderados. Associe aeróbica, musculação e alongamento. Lembre-se que a regularidade é tão ou mais importante que a intensidade.
  5. Regularizar os horários de sono, evitando inverter o ritmo circadiano, é um dos fatores mais importantes no combate à fadiga. Sono irregular provoca fadiga e acelera a velocidade de envelhecimento físico e mental.
  6. Uma respiração correta ajuda a trazer de volta a disposição. Pratique exercícios respiratórios diariamente. Inspire e expire movimentando o abdome, não o tórax, para que você possa usar toda a sua capacidade pulmonar. A respiração torácica é incompleta e causa uma oxigenação incompleta do organismo.
  7. Aromas cítricos despertam a atenção. O cheiro do limão refresca a atenção e estimula a produção de norepinefrina, hormônio associado à energia. Pode ser um incenso de aroma cítrico ou algumas gotas de óleo essencial de limão no difusor.
  8. Sempre que possível, reserve uma hora para você em meio à correria do cotidiano. Relaxe ou dedique-se a algum lazer.
  9. Fazer uma sesta após o almoço funciona bem para muitas pessoas.
  10. Tente levar a vida de uma forma mais relaxada e descontraída. Pratique a terapia do riso.
Paula Figueirêdo
Medicina Ortomolecular – Ciências Antienvelhecimento

TERAPIA ORTOMOLECULAR - UMA NOVA VISÃO DE SAÚDE


1 - O que é a Medicina Ortomolecular?           
            A Medicina Ortomolecular é uma nova área da Medicina que visa equilibrar o organismo do ponto de vista bioquímico. Todas as funções orgânicas são regidas através de reações químicas. Sabemos que os diversos desequilíbrios orgânicos que podem levar às mais variadas doenças decorrem de reações bioquímicas que não ocorreram de modo correto. A proposta da Ortomolecular é investigar e, se possível, corrigir essas reações bioquímicas, pesquisando quais substâncias nelas envolvidas (vitaminas, minerais, aminoácidos, oligoelementos, etc.) estão em desequilíbrio (excesso ou falta) e corrigindo-os. Outro ponto importante a esclarecer é que, quando o organismo não está equilibrado, a produção de Radicais Livres ( íons ou moléculas eletricamente instáveis que causam destruição de várias estruturas orgânicas) aumenta, às vezes de modo exagerado, causando o envelhecimento acelerado do organismo e o aparecimento precoce de doenças degenerativas.

2 - Qual a vantagem de se submeter a um tratamento Ortomolecular?
            Esse tratamento tem a vantagem de, restaurando o equilíbrio orgânico do paciente, promover a prevenção, a cura ou o controle de diversas patologias de um modo mais natural, eficaz e prolongado.

3 - Que tipos de doenças podem ser tratados pela Medicina Ortomolecular?
            Os princípios de Ortomolecular podem ser aplicados em todas as áreas da Medicina, na prevenção ou tratamento das mais variadas patologias pois as mesmas podem ser mais facilmente controladas ou curadas se o paciente se encontra equilibrado do ponto de vista bioquímico.

4 - Como é realizada a consulta Ortomolecular?
            Ao iniciar o acompanhamento de um paciente o profissional médico investiga as queixas do mesmo, seu histórico de doenças (desde a infância), o histórico familiar (tendências para determinadas doenças), os hábitos (atividade física, alimentação, cigarro, bebida alcoólica, sono), as particularidades de sua rotina (trabalho, lazer, fatores estressores, exposição ambiental a poluentes, etc.); durante a consulta são realizados exames específicos para detectar desequilíbrios que possam comprometer a economia orgânica e são solicitados os exames complementares (laboratoriais e de imagem) necessários para que o profissional possa chegar ao diagnóstico mais acurado possível acerca do quadro clínico que o paciente está apresentando.

5 - Como trabalhar a alimentação em Ortomolecular?
            Nós trabalhamos com a Dieta do Genótipo pois a mesma, embasada nos princípios da Nutrigenômica (ciência que estuda os efeitos diferenciados dos alimentos no equilíbrio orgânico de acordo com a carga genética de cada organismo), torna possível reduzir bastante a ingestão de alimentos nocivos ao paciente em acompanhamento. Cada tipo de sangue, em decorrência das características genéticas que lhes são próprias, reage de maneira diferente aos alimentos e o que é saudável para alguém do grupo “O”, por exemplo, pode não o ser para uma pessoa do grupo “A”. Quando melhoramos a qualidade da alimentação de um paciente, reduzindo a oferta de alimentos nocivos e estimulando o consumo de alimentos saudáveis, de acordo com a sua Genética, seu organismo passa a funcionar de modo mais equilibrado e a melhoria de vários sintomas como má digestão, constipação, retenção hídrica, fadiga, cefaléia, sobrepeso e outros é reportada geralmente a partir de 15 dias do início do tratamento.

6 - A Medicina tradicional e a Medicina Ortomolecular podem ser utilizadas em conjunto, ou são incompatíveis?
            A Medicina Ortomolecular pode contribuir em todas as áreas do conhecimento médico, somando esforços com os protocolos das várias especialidades médicas, com a finalidade de otimizar os resultados no controle de inúmeras patologias crônicas como Hipertensão Arterial, Diabetes, Hipercolesterolemia, Gastrite Crônica, Alergias, Síndrome do Intestino Irritável, entre outras.

7 - Todas as pessoas podem fazer Ortomolecular, ou existe algum tipo de restrição ao tratamento?
            A Terapia Ortomolecular não tem restrições, podendo ser aplicada a qualquer pessoa, independente de idade e sexo, já que o protocolo de tratamento é montado de acordo com as necessidades individuais de cada paciente no momento do tratamento.

8 - O que é necessário para se obter bons resultados em Ortomolecular, além de utilizar as vitaminas prescritas?
            O acompanhamento Ortomolecular envolve bem mais que apenas prescrição de fórmulas de vitaminas. Na maioria dos pacientes o tratamento envolve a mudança de alguns hábitos alimentares. Em outros envolve também mudanças de hábitos diversos (atividade física, lazer, sono, etc.). Isso pode significar alterações mais ou menos significativas dos antigos hábitos em alguns pacientes e em outros, não. Consequentemente, é um tratamento que necessita da colaboração e da boa vontade do paciente para ter os resultados almejados. Por isso mesmo o que é muito fácil e prazeroso para alguns desde o início pode não o ser para outros mas, de modo geral, a adesão ao tratamento é muito boa, em parte devido aos bons resultados obtidos que fortalecem a vontade do paciente de manter os novos hábitos adquiridos. Quando a pessoa é esclarecida acerca das conseqüências advindas dos hábitos que cultiva e ela passa a entender o que ocorre no seu organismo, se torna mais fácil a mesma controlar antigos hábitos nocivos e, até mesmo, eliminá-los em caráter definitivo.

9 - A Ortomolecular pode ser utilizada isoladamente para tratar qualquer tipo de doença?
            Existem alguns casos onde ela não é indicada, e inclusive contra-indicada, como tratamento isolado. São as doenças crônicas degenerativas (exemplos: Câncer, Alzheimer, Artrite Reumatóide) e doenças infecciosas agudas ou crônicas.

10 - Quem deve se submeter a uma consulta Ortomolecular? Quem pode ser beneficiado com esse tipo de acompanhamento?
            Em Ortomolecular trabalha-se a qualidade de vida do paciente, não apenas a sua saúde orgânica. Qualquer pessoa pode submeter-se a uma consulta Ortomolecular com o intuito de descobrir se seu organismo está ou não equilibrado, informar-se melhor a respeito de hábitos de vida mais saudáveis e utilizar os nutrientes necessários para seu organismo para corrigir alterações, muitas vezes silenciosas, que podem reduzir tanto a qualidade como a expectativa de vida dessa pessoa. Em resumo, a Medicina Ortomolecular pode transformar o conceito de viver mais e melhor em uma realidade acessível a todos.

Paula Taciana Vidal de Figueirêdo é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Piauí. Especializou-se inicialmente em Oftalmologia pela Universidade Federal do Piauí, atuando na área até o ano 2000, após o qual cursou Estética Médica no IBRAPE - SP e Medicina Ortomolecular na FAPES - SP. Atua nas referidas áreas em seu consultório na Clínica Bioestética, em Teresina-PI, desde o ano 2002.
Na Clínica Multiclin, em Fortaleza-CE,  atua na área de Terapia Ortomolecular, Emagrecimento, Acompanhamento estético para gestantes, Saúde e Bem-estar, realizando consultas e exames específicos da referida área.