segunda-feira, 25 de junho de 2012

"OCITOCINA – MAIS QUE APENAS O HORMÔNIO DO PRAZER"


                A Ocitocina é um hormônio que está na mídia atualmente. Ganhou a fama de ser o “hormônio do prazer”, indicado para pessoas que estão com problemas na esfera sexual dos seus relacionamentos. É verdade que esse hormônio melhora a libido, a performance sexual e os orgasmos, mas a sua importância vai bem além, como veremos a seguir.

    A Ocitocina é um hormônio produzido no Hipotálamo, em áreas específicas denominadas Núcleos Paraventricular e Supraóptico, e estocado no lobo posterior da Hipófise de onde é liberado para a corrente sanguínea. 

                É um hormônio que tem importantes efeitos psicológicos e físicos no organismo, além de papéis específicos no corpo do homem e da mulher.

                  Entre os efeitos psicológicos da Ocitocina estão:
·         estimula a sociabilidade,
·        facilita a formação de laços de amizade e o estreitamento de ligações sentimentais,
·         melhora o humor e reduz a ansiedade.

                  Entre os efeitos físicos da Ocitocina podemos citar:
·       vasodilatação, aumentando o diâmetro das artérias, inclusive as Coronarianas, podendo prevenir Isquemia e reduzir a Pressão Arterial,
·        aumenta o suprimento sanguíneo para a pele, podendo acelerar a cicatrização de lesões,
·        aumenta a potência sexual, melhora a libido e aumenta o prazer durante o orgasmo,
·        pode induzir relaxamento muscular e reduzir a dor, efeitos potencialmente benéficos em pessoas com Fibromialgia,
·         estimula a produção de hormônios anabólicos (como IGF-1 e Testosterona) e reduz a produção de hormônios catabólicos (como Cortisol) reduzindo, assim, a perda de massa muscular.

     Em mulheres, especificamente, a Ocitocina estimula a lubrificação vaginal e facilita o orgasmo. De fato, quando em uso regular desse hormônio, as mulheres apresentam orgasmos mais rápidos e intensos, além de maior facilidade em atingir orgasmos múltiplos. 

    Nos homens, a Ocitocina aumenta a sensibilidade do pênis ao contato, melhora a lubrificação das glândulas penianas, a qualidade e freqüência das ereções, o orgasmo e a ejaculação. 

     Os sinais e sintomas mais comuns de deficiência de Ocitocina são:
·         isolamento social,
·         isolamento emocional,
·         humor triste e depressivo,
·         irritabilidade,
·         sensibilidade aumentada ao Estresse,
·         dificuldade em manifestar as emoções,
·         palidez cutânea,
·         olhos secos, pele ressecada,
·         tensão muscular,
·         distúrbios do sono,
·        aumento da sensibilidade à dor, dores musculares e “pontos” dolorosos (Fibromialgia),
·   em homens: baixa libido, baixa potência sexual, dificuldade de ejaculação, baixo volume de esperma, ausência ou dificuldade para atingir orgasmos,
·    em mulheres: baixa libido, ausência ou dificuldade para atingir orgasmos, baixa intensidade dos orgasmos.

    Se você apresenta alguns desses sinais ou sintomas, deve procurar seu médico e conversar a respeito da possibilidade de estar deficiente em Ocitocina pois, além de melhorar os sintomas que você possa estar apresentando, a deficiência crônica e não tratada de Ocitocina pode facilitar o aparecimento de outras patologias como Doenças Cardiovasculares, Infertilidade, Depressão, Transtornos Fóbicos/Ansiosos, Impotência Sexual, Frigidez, Fibromialgia.

     Existem alguns fatores que melhoram a produção e a ação da Ocitocina: contato físico, abraços, massagens, barulho, leitura, canto, intercursos sexuais, atividade física moderada e regular, alimentação balanceada (sem restrição calórica e rica em frutas, vegetais, carne, frango, ovos e peixe), momentos de diversão e relaxamento.

   De modo similar, existem fatores que reduzem a produção e a ação da Ocitocina: solidão, ansiedade, depressão, estresse crônico, outras deficiências hormonais (Estradiol, Testosterona e Hormônio do Crescimento, por exemplo), envelhecimento, sedentarismo, hábitos irregulares (fumo, bebida alcoólica, refrigerantes, açúcar, doces, carboidratos em excesso na alimentação).

   Quando necessária a reposição de Ocitocina a via mais indicada, por maior praticidade e melhores resultados, é a sublingual. A dosagem deve der ajustada de acordo com a resposta clínica, pois exames de dosagem de Ocitocina só estão disponíveis, até o momento, para laboratórios de pesquisa.