quarta-feira, 20 de março de 2013

ALGUMAS DICAS PARA REDUZIR O APORTE DE “XENOESTRÓGENOS” NO ORGANISMO



1 – Evite usar copos, pratos e outros utensílios de plástico, alumínio e teflon na sua cozinha. Utilize utensílios de vidro, cerâmica e panelas de ferro.

2 – Evite guardar alimentos em depósitos de plástico e, principalmente evite aquecê-los em fornos de microondas. Utilize depósitos de vidro que possam ir ao microondas.

3 – Evite usar filmes plásticos e papel alumínio para envolver alimentos. Use papel manteiga.

4 – Evite usar detergentes de pia. Use sabão de coco em barra.

5 – Dê preferência a carnes, frutas, legumes e verduras orgânicos, onde não foram usados agrotóxicos. No caso de consumir frutas e legumes não orgânicos, lave-os muito bem e remova a casca e as sementes antes de consumi-los.

6 – Evite consumir produtos à base de soja, que é rica em Fitoestrógenos, que funcionam como Xenoestrógenos.

7 – Evite uso de anticoncepcionais, que são formulados à base de estrogênios sintéticos, que são Xenoestrógenos. Se possível, use formas alternativas de controle da natalidade.

8 – Evite consumir água armazenada em recipientes de plástico. Utilize filtros para filtrá-la antes de ser consumida.

9 – Cuidado com os produtos cosméticos. Leia a sua composição e evite aqueles que contenham benzofenona-3, homosalate, 4-metil benzilideno cânfora (4MBC), octil-metoxicinamato e octil-dimetil-PABA.

10 – Mantenha uma dieta rica em fibras e dê preferência ao vegetais crucíferos, como brócolis e couve-flor, que são ricos em Indol-3-Carbinol, um fitonutriente que ajuda a combater os efeitos dos Xenoestrógenos no organismo.

11 – Mantenha-se hidratado para melhorar a função renal e auxiliar na desintoxicação do organismo.

12 – Evite fumar.

13 – Reduza o consumo de álcool que destrói seus hormônios naturais e dificulta a remoção de Xenoestrógenos através da filtração renal.

14 – Controle o peso através de uma dieta equilibrada e atividade física regular. No tecido gorduroso existe uma enzima chamada Aromatase, que transforma Testosterona em Estrógenos.

15 – Evite usar o sachê do saquinho de chá, pois o papel do sachê contém Xenoestrógenos, liberados para o chá ao contato com a água quente. Rasgue o sachê e coloque a erva diretamente na água. Depois é só coar em peneirinha de inox.

Essas são algumas das maneiras de reduzir os efeitos maléficos dos Xenoestrógenos no nosso organismo (ver texto anterior). Infelizmente, vivemos em um mundo que necessita de plástico, isopor, alumínio e agrotóxicos, o que torna impossível eliminarmos completamente essas substâncias do nosso cotidiano. Mas, para quem seguir as dicas acima, o organismo se tornará mais saudável e a vida será mais longa e produtiva.

quinta-feira, 7 de março de 2013

DISRUPTORES ENDÓCRINOS E XENOESTRÓGENOS – PARTE 1


1 – O que são disruptores endócrinos?

São substâncias estranhas ao nosso organismo que, ao entrarem no nosso corpo, causam alterações importantes no nosso equilíbrio hormonal podendo levar ao envelhecimento acelerado, doenças degenerativas, obesidade, má formação fetal e distúrbios hormonais variados. Quando essas substâncias têm a capacidade de imitar, ainda que de modo imperfeito, a ação dos hormônios estrogênios, elas recebem o nome de Xenoestrógenos.

2 – Quais as fontes de disruptores endócrinos e Xenoestrógenos?

Agrotóxicos e fertilizantes, soja e derivados, corantes e conservantes usados em alimentos industrializados, hormônios sintéticos como Anticoncepcionais, panelas de alumínio, embalagens plásticas para acondicionar alimentos, embalagens de isopor e revestimentos de latas, revestimentos tetrapak para produtos de longa vida (ex: líquidos em caixa), filmes plásticos e papel alumínio para revestir alimentos. Utensílios de plástico e acrílico (copos, pratos, jarras, talheres) e saches para chá são também algumas das principais fontes.

Outras fontes também importantes são produtos químicos para limpeza doméstica como detergente, desinfetantes e desodorizadores em ambientes em sprays, e produtos para higiene pessoal como shampoos, condicionadores e sabonetes, perfumes e desodorantes antitranspirantes e produtos cosméticos em geral como esmaltes, maquiagem, batons, hidratantes e protetores solares também podem conter essas substâncias. A verdade é que podemos reduzir a nossa exposição aos Xenoestrogênios ambientais mas não conseguimos evitá-los completamente.

3 – Como esses disruptores endócrinos causam doenças no nosso organismo?

O nosso DNA (código genético) não conseguiu se adaptar às mudanças ocorridas no nosso estilo de vida nos últimos oitenta anos, com um consumo cada vez mais elevado de alimentos e outros produtos industrializados e sintéticos, além da crescente poluição ambiental. O nosso organismo não consegue expelir a contento as substâncias químicas que entram nele, derivadas dessas fontes, o que leva a um acúmulo progressivo e perigoso dessas substâncias dentro de nós, preferencialmente nas glândulas e tecido gorduroso.

4 – Como agem os Xenoestrógenos?

Os Xenoestrógenos, ao acumularem-se progressivamente no organismo, levam ao seguinte cenário: o organismo, masculino ou feminino, fica submetido de forma contínua a um elevado nível de substâncias com ação hormonal estrogênica. Como não são hormônios verdadeiros, não são detectados por dosagens hormonais rotineiras. É como se estivéssemos com níveis de hormônios estrógenos continuamente elevados, acima do normal, mas que não aparecem nos exames laboratoriais.

 Essas substâncias, dentro do organismo, imitam o estrogênio, enganando os receptores (portas por onde o hormônio entra nas células), porém ao entrar nas células, esses falsos hormônios, que agem como mensageiros bioquímicos, enviam mensagens erradas ao metabolismo celular e seus efeitos são nocivos para a saúde a médio e a longo prazos. 

No sexo masculino as alterações atribuídas aos Xenoestrógenos são: Hipotireoidismo e Nódulos, Cistos ou Câncer de Tireóide; queda na produção do hormônio Testosterona; redução da fertilidade (redução da quantidade e da qualidade dos espermatozóides) e da libido; Câncer de testículo e próstata e má-formação congênita do aparelho reprodutor em fetos do sexo masculino. Outras alterações aparentes podem ser decorrentes das mudanças progressivas dos caracteres sexuais secundários masculinos quando os meninos são submetidos a altas cargas de Xenoestrógenos ainda na sua gestação ou durante a infância: redução de pelos em mento e no tórax, rosto mais ovalado, voz mais suave e redução do tamanho peniano e testicular, entre outras.

 No sexo feminino vêm ocorrendo: puberdade precoce, declínio da fertilidade e aumento da ocorrência de Endometriose; Mioma uterino; TPM; Câncer de Mama; Ovários Policísticos e Câncer de Ovários; Hipotireoidismo e Nódulos, Cistos ou Câncer de Tireóide. 

Além dos problemas citados acima, os Xenoestrogênios ajudam a acumular gordura visceral (abdominal) relacionada a Obesidade, Diabetes, Hipertensão, Hipercolesterolemia e Risco Cardiovascular, além de acumular gordura em flancos e culotes.

Assim, os Xenoestrogênios são fantasmas assustadores e invisíveis e muitas vezes não nos damos conta de quão prejudiciais eles são, pois agem lentamente no organismo e nos envenenam aos poucos.

5 – É possível reduzir os males causados pelos Xenoestrógenos?

Sim, é possível. Após solicitar os exames necessários ao seu paciente, o profissional médico vai elaborar o esquema de tratamento. Pode-se reduzir os efeitos maléficos dos Xenoestrógenos de três maneiras.

- A primeira é identificar as fontes de contaminação e reduzir a exposição a essas substâncias, oferecendo alternativas viáveis ao paciente.

- A segunda é usar antioxidantes e suplementos para melhorar a função de detoxificação hepática e renal, ou seja, a capacidade do fígado e rins de eliminar a maior parte dessas substâncias do nosso organismo e assim minimizar os problemas a elas relacionados.

- A última é usar medicamentos específicos para melhorar a metabolização e eliminação dos Xenoestrógenos do nosso organismo, reduzindo assim o tempo de exposição do nosso corpo a eles.