1 – O que são disruptores endócrinos?
São substâncias estranhas ao nosso
organismo que, ao entrarem no nosso corpo, causam alterações importantes no
nosso equilíbrio hormonal podendo levar ao envelhecimento acelerado, doenças
degenerativas, obesidade, má formação fetal e distúrbios hormonais variados.
Quando essas substâncias têm a capacidade de imitar, ainda que de modo
imperfeito, a ação dos hormônios estrogênios, elas recebem o nome de
Xenoestrógenos.
2 – Quais as fontes de disruptores endócrinos e
Xenoestrógenos?
Agrotóxicos e fertilizantes, soja e
derivados, corantes e conservantes usados em alimentos industrializados,
hormônios sintéticos como Anticoncepcionais, panelas de alumínio, embalagens
plásticas para acondicionar alimentos, embalagens de isopor e revestimentos de
latas, revestimentos tetrapak para produtos de longa vida (ex: líquidos em
caixa), filmes plásticos e papel alumínio para revestir alimentos. Utensílios
de plástico e acrílico (copos, pratos, jarras, talheres) e saches para chá são também
algumas das principais fontes.
Outras fontes também importantes
são produtos químicos para limpeza doméstica como detergente, desinfetantes e
desodorizadores em ambientes em sprays, e produtos para higiene pessoal como
shampoos, condicionadores e sabonetes, perfumes e desodorantes antitranspirantes
e produtos cosméticos em geral como esmaltes, maquiagem, batons, hidratantes e
protetores solares também podem conter essas substâncias. A verdade é que
podemos reduzir a nossa exposição aos Xenoestrogênios ambientais mas não
conseguimos evitá-los completamente.
3 – Como esses disruptores endócrinos causam doenças no nosso
organismo?
O nosso DNA (código genético) não
conseguiu se adaptar às mudanças ocorridas no nosso estilo de vida nos últimos
oitenta anos, com um consumo cada vez mais elevado de alimentos e outros
produtos industrializados e sintéticos, além da crescente poluição ambiental. O
nosso organismo não consegue expelir a contento as substâncias químicas que
entram nele, derivadas dessas fontes, o que leva a um acúmulo progressivo e
perigoso dessas substâncias dentro de nós, preferencialmente nas glândulas e
tecido gorduroso.
4 – Como agem os Xenoestrógenos?
Os
Xenoestrógenos, ao acumularem-se progressivamente no organismo, levam ao
seguinte cenário: o organismo, masculino ou feminino, fica submetido de forma
contínua a um elevado nível de substâncias com ação hormonal estrogênica. Como
não são hormônios verdadeiros, não são detectados por dosagens hormonais
rotineiras. É como se estivéssemos com níveis de hormônios estrógenos
continuamente elevados, acima do normal, mas que não aparecem nos exames
laboratoriais.
Essas
substâncias, dentro do organismo, imitam o estrogênio, enganando os receptores
(portas por onde o hormônio entra nas células), porém ao entrar nas células, esses
falsos hormônios, que agem como mensageiros bioquímicos, enviam mensagens
erradas ao metabolismo celular e seus efeitos são nocivos para a saúde a médio
e a longo prazos.
No
sexo masculino as alterações atribuídas aos Xenoestrógenos são: Hipotireoidismo
e Nódulos, Cistos ou Câncer de Tireóide; queda na produção do hormônio
Testosterona; redução da fertilidade (redução da quantidade e da qualidade dos
espermatozóides) e da libido; Câncer de testículo e próstata e má-formação congênita
do aparelho reprodutor em fetos do sexo masculino. Outras alterações aparentes podem
ser decorrentes das mudanças progressivas dos caracteres sexuais secundários
masculinos quando os meninos são submetidos a altas cargas de Xenoestrógenos
ainda na sua gestação ou durante a infância: redução de pelos em mento e no
tórax, rosto mais ovalado, voz mais suave e redução do tamanho peniano e
testicular, entre outras.
No
sexo feminino vêm ocorrendo: puberdade precoce, declínio da fertilidade e
aumento da ocorrência de Endometriose; Mioma uterino; TPM; Câncer de Mama;
Ovários Policísticos e Câncer de Ovários; Hipotireoidismo e Nódulos, Cistos ou
Câncer de Tireóide.
Além dos problemas citados acima, os
Xenoestrogênios ajudam a acumular gordura visceral (abdominal) relacionada a
Obesidade, Diabetes, Hipertensão, Hipercolesterolemia e Risco Cardiovascular,
além de acumular gordura em flancos e culotes.
Assim, os Xenoestrogênios são
fantasmas assustadores e invisíveis e muitas vezes não nos damos conta de quão
prejudiciais eles são, pois agem lentamente no organismo e nos envenenam aos
poucos.
5 – É possível reduzir os males causados pelos
Xenoestrógenos?
Sim, é possível. Após solicitar os
exames necessários ao seu paciente, o profissional médico vai elaborar o
esquema de tratamento. Pode-se reduzir os efeitos maléficos dos Xenoestrógenos
de três maneiras.
- A primeira é identificar as fontes
de contaminação e reduzir a exposição a essas substâncias, oferecendo alternativas
viáveis ao paciente.
- A segunda é usar antioxidantes e suplementos
para melhorar a função de detoxificação hepática e renal, ou seja, a capacidade
do fígado e rins de eliminar a maior parte dessas substâncias do nosso
organismo e assim minimizar os problemas a elas relacionados.
- A última é usar medicamentos
específicos para melhorar a metabolização e eliminação dos Xenoestrógenos do
nosso organismo, reduzindo assim o tempo de exposição do nosso corpo a eles.
Boa tarde, Dra.
ResponderExcluirExistem protetores solares que não apresentam xenoestróenos?
Att
Amauri
Sim, aqueles á base de óxido de zinco ou dióxido de titànio NÃO nano por exemplo Badger ou Eco Cosmetics.
ExcluirSim, aqueles á base de óxido de zinco ou dióxido de titànio NÃO nano por exemplo Badger ou Eco Cosmetics.
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